Poesias, fotografias, sonhos, ideias, medos, vômito e escarro, uma alma entregue numa bandeja para ser recusada ou aceita, mas que permanecerá indiferente à indiferença. Apenas mais uma mente fodida tentando existir.
terça-feira, 6 de setembro de 2016
sábado, 3 de setembro de 2016
Café...
- Acho
ridículo alguém ter que fingir dores de cabeça só por não querer transar. – Ela
disse.
- Concordo
plenamente. – Afirmei, também acenando com a cabeça.
- Cada um faz
com o corpo o que bem quer. – Ela continuou.
- Com
certeza. – Respondi com convicção.
- E você não
precisa concordar com tudo o que eu digo. – Pronunciou, demonstrando
irritabilidade.
- Lógico que
não. – Afirmei como quem diz: Mas eu não faço isso.
- Ah, vá se
ferrar, o fato de você não querer transar eu entendo, mas me bajular enquanto
conversamos já é demais. – Ela pronunciou, depois se levantou e foi para a
cozinha furiosa. Passados 15 ou 20 minutos, gritei aqui do sofá em direção a
ela que estava próxima ao fogão à lenha se aquecendo:
- Eu não
concordo com tudo o que você diz e por obséquio, me devolva o analgésico. – Um
pequeno frasco branco cruza por cima das paredes e cai sobre meus pés, em
seguida ela me aparece na porta com duas canecas, uma com chocolate, outra com
um café feito a pouquíssimo tempo.
- Ligue a TV,
vamos assistir um filme. – Atendi prontamente.
Meia hora
depois, lá estava ela, com um blusão enorme e desajeitado na altura dos
joelhos, com a cabeça sobre meu ombro, assistindo calmamente ao filme. Cogitei
a ideia de informa-lhes que depois do café, a dor havia passado, mas achei
melhor não.
Ela sabe que
sem café, não há cabeça que não venha a doer.
(Alex Macedo)
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