sábado, 30 de abril de 2016

Fotografias Roubam Almas


O céu talvez represente meus sonhos, imenso, longínquo e belo.
A Árvore morta, talvez... talvez minha lucidez, quem sabe, minha estupidez, (eu não sei, ou talvez saiba, mas temo)
O Sol que erradia ao fundo, quase se pondo, quase sumindo, indo embora, findando-se, talvez, mas só talvez, meu otimismo, minha fé, minha paciência, minha coragem, minha miserável poesia e minha estúpida vontade.
Vontade de mudar, de dizer foda-se, ou EU TE AMO, vontade de tentar mais uma vez, de esperar.
A ave solitária lá no canto, talvez seja eu, talvez seja você, quem sabe nem um, nem outro, talvez seja todos nós. O que diabos fazes tu aí, oh ave infame, sai, voa, procura os teus, desconecta, grite, cante, arregaça essa tua garganta e diz ao mundo: AMO-TE, ODEIO-TE, FODA-TE... Tudo depende de como me vês.
Mas o que diabos representa aquela ave lá no canto?
Talvez essa seja apenas mais uma foto boba, tirada em um dia comum, postada numa rede social qualquer, para preencher meu tempo livre e tentar ocupar minha mente. Likes, likes, likes, pelo amor a Deus ou a eu, me deem likes. (Isso foi uma ironia... Provavelmente, com certeza, não sei.)
Talvez isso seja poesia, talvez isso seja apenas um monte de merda, vômito, escarro, baboseira, tempo perdido, ilusão.
Eu não sei o que diabos é isso, mas se tu o sabes, dizei-me por favor.
(Alex M. Rocha)